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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Morreu Samuelson, o homem que desfgurou a Economia

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A Economia conheceu dois períodos: antes e depois de Samuelson. Antes, era uma ciência virada para a compreensão da realidade, para a aplicação de modelos que reflectissem essa realidade e que ajudassem as pessoas. Antes, a Economia partilhava com outras ciências princípios e metodologias comuns.
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Depois de Samuelson, a Economia tornou-se numa espécie de escolástica, um bonito edifício conceptual que subsiste por si mesmo e não precisa da conformidade com o real. Isolou-se das restantes ciências sociais ao ponto de aceitar e aplicar princípios que estão em aberta contradição com essas outras ciências (e com a realidade). E a tal ponto foi esse negar da realidade, que os modernos economistas criaram e vivem num mundo só deles que, quando confrontado com factos pode levar a todo o tipo de contradições e mesmo catástrofes.
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Tudo isto, Samuelson conseguiu introduzindo e aplicando um conjunto de postulados rígidos e apelativos, capazes de desenvolvimentos analíticos elegantes e simples (de que ele deu fartos exemplos), mas muito traiçoeiros na aplicação prática.
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Graças a Samuelson, hoje a ciência económica está numa fase semelhante à da Física e Química da segunda metade do século XIX: cheia de certezas mas também cheia de rotundos fracassos. Um estudioso de Economia de hoje é tão pedante a vazio como o foram os físicos e químicos dessa época: julga que tem na mão a chave do saber, olha para a realidade com desprezo (a realidade somos nós que a faremos), tenta por todos os meios distinguir-se dos outros ramos do saber, como se a Economia fosse uma cosmovisão capaz de explicar tudo.
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Vai ser precisa uma nova "mecânica quântica" da Economia. E uma nova atitude: aceitar a realidade como qualquer cientista, abandonar a mentalidade messiânica ou de político (compete ao político, não ao economista, modificar uma realidade) passar a fazer parte da grande família das ciências sociais. Isto exigirá refazer muita coisa desde os princípios. Mas só assim se será possível ressuscitar a Economia e salva-la do profundo descrédito em que caiu.
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2 comentários:

tmendes disse...

Na minha ignorância, o que posso dizer, é que é certo sim, que a economia actual está "cansada", ultrapassada e isolada das restantes ciências sociais, também é certo, que muitos fizeram desta o "Deus da era moderna". Mas não é devido a estes factos que podemos menospreza-la, porque fazendo uma analise fria, qual é a base do mundo moderno? Qual a base para a tomada de todas a decisões governamentais, empresariais e familiares?
É óbvio que preciso melhorar ou até mesmo reformular o conceito de economia actual, é necessário que exista uma maior interacção por parte desta com as restantes ciências sociais para que a mesma possa ser mais eficaz, justa e transparente. Na minha opinião, a solução não passa por "voltar" aquilo que era antes da intervenção de Samuelson, mas sim adaptar ou ajusta-la ás novas realidades e necessidades do mundo actual.

Tiago Guerra Mendes num.43290 turma D

WGomes disse...

Na minha opinião, e depois de ler com muita atenção todo o texto sobre a Economia antes e depois de Samuelson, o que tenho a dizer é que concordo em grande parte com o que esta escrito no texto, pois a Economia de hoje não passa de uma serie de certezas baseadas no prosuposto e que quando confrontadas com a realidade em que vivemos, reparamos que nao passam de redondos enganos. Os responsáveis Nacionais e Internacionais (na minha opinião) deveriam rever o conceito de Economia e interligala com as ciencias sociais, para que a Economia deixe de ser uma lenda e passe a ser um conceito actual e relacionado com a realidade em que vivemos, que se deixe de "ses" e passe a ter resultados obejectivos e agradavéis para todos.
Eu acredito que a Economia sofrerá alterações significativas para que passe das incertezas as certezas, pois nos não podemos mudar a actual Economia, mas podemos trabalhar para tornar a Economia do futuro uma Economia crédivel.

Wilson Manuel Gomes Pedrosa
Nº 42031, Turma D, 1ºAno, Curso de Economia.